terça-feira, 15 de julho de 2008

Primavera, 10 de maio

“Revogada a existência, profanei esta noite, como sendo amaldiçoada, era inverno e a solidão aclimatava o inferno ártico que esguia sobre toda minha espinha, um sopro de morte se visto por um quiromante em meus palmares.
- sinto um inexato amanhã.
O noturno fluía por toda fresta tosca, exalando um cheiro de ventre feminino, perfumado de florais, tal irreal que me tocava o peito, me causando moléstia por gozos precoces, viu que o demônio tinha uma estética delicada, como uma mulher lúbrica e quimérica, meu instinto lhe quisera com tal fome e desejo nunca visto, enquanto a própria transava com minha aorta.
Beijei sua castidade em pro a entregar ao coito carnal, voltei-me com uma vaga monstruosidade, por então, surpreendente ato involuntário de minha natureza passiva, todavia, abortei o era virginal na inteireza daquela aprimorada pele, afamada pela paixão suscetível do meu toque, em seu olhar fluiu o tesão como se fosse o vicio de uma ninfo, por quem eu sufragava o meu implosivo sentimento, me odiando com a força de mil infernos
O intimo deleite de seus ósculos salsos, mesclados ao lívido dos pulsos estigmatizados e dos erógenos púbis, fez aflorar d’ela, uma arcana puberdade, a sua maturidade era estampada pela dor involuntária de se querer ainda mais
(O que era essa emanação escarlate frutificada em minhas entranhas ao degustar uma rítmica volúpia de dualidade entre,... amor sexual & morte.
- Qual morte teria esse prazer,... Esse paladar!
Não havia elixir mais delicado, como aquele precioso diamante rubro, lapidado de liquido segregado, maculando o teu colo, o teu dorso e quando em teu seio, me alimentando de materno, mamilos hígidos de carnes alvas, amamentados do prazer atroz, como se expurgasse a libido nos abrasivos infernos carnais, instigando em teu corpo de frigido e assombrosamente lívido, o que é tênue... Puro;
- Somos mortos,
- Somos deuses..

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